Acredito que,
Ser biólogo não é só conservar a natureza é está apto a ouvir seus sons e entendê-lo.
Ser biólogo é admirar os biomas é compreender a interação entre todos os fatores bióticos e abióticos.
É gostar de cheiro de chuva, admirar as fases da lua, o nascer e o por do sol por compreender que ele é importante na manutenção da vida.
Ser biólogo não é só cuidar das plantas é se importar com a natureza que sofre a ações nefastas dos homens.
Ser biólogo não é apenas proteger os animais é compreender que eles são nossos irmãos de reino e por conta disso precisam ser respeitados.
Ser biólogo é manter laços de amizades com seres visíveis ou invisíveis ao olho nu como todos os animais, as plantas, os fungos, as moneras, os protistas e até mesmo os vírus que são acelulares.
Ser biólogo é não aceitar gaiolas, jaulas, correntes ou qualquer forma de cativeiro!
Ser biólogo é não se preocupar apenas com animais ameaçados de extinção, é proteger a vida por acreditar que não existe vidas maiores ou melhores, ou que existe é VIDA.
Ser biólogo é não aprovar circo com animais, rinhas ou outras explorações.
Ser biólogo é compreender que desde uma bactéria até o ser humano todos têm organização celular e o mesmo funcionamento baseado em proteínas e ácidos nucleicos.
É passar horas apreciando o voo das aves,
Ser biólogo é ter prazer em penetrar em mundos distantes e ao mesmo tempo tão próximos de nós.
É compreender olhares, entender as reações dos corpos, a reprodução das amebas e a importância da ervilhas para a genética.
Ser biólogo é curtir processos como mitose, meiose e crossing-over.
Ser biólogo é acima de tudo consagrar o respeito à vida em todas as suas manifestações compreendendo a controvérsia quando se diz que o estudante de biologia deva fazer experimentos cruéis em animais em nome da ciência, quando seu código de ética e seu juramento defendem a vida.
Ser biólogo é perceber que sofrimento, dor, violência, vivissecção e crueldade são contraditórias a honestidade, ética, paz, justiça e da defesa da vida.
Ser biólogo é ser ativista, ambientalista, protetor de animais, vegano, vegetariano, não importa o título é simplismente RESPEITAR A VIDA, VIVER EM HARMONIA COM O UNIVERSO!
(Leide Carneiro)
OS LIMITES DO VEGANISMO
Segundo as escrituras védicas, estamos vivendo dias de kali yuga,
ou seja, a era de ferro em sânscrito. Os Vedas nos dizem que nessa era o
que impera é a ganância, o materialismo, a hipocrisia e o total
declínio dos valores morais.
Não é preciso ser hindu e nem iniciado na literatura védica e muito menos espiritualistas para se atestar que vivemos mesmo em um tempo em que os valores morais estão degradados. Basta uma breve olhada nos jornais diários, na programação das TVs, nas relações humanas para enxergar essa verdade.
Mas, o que tem isso a ver com o estilo de vida dos veganos? Tudo, já que o veganismo prega a ética em nossas relações com os outros seres vivos que dividem conosco esse planeta.
Todos sabem que o veganismo não é um fim em si mesmo, mas um processo, pois ser 100% vegano é impossível. Impossível porque por mais que evitemos consumir produtos de origem animal trocando-os por outros sintéticos ou vegetais, estaremos muitas vezes somente trocando de explorados.
Vou exemplificar, nos recusamos a consumir mel, pois a maneira como são exploradas as abelhas para esse fim é algo extremamente cruel. Então substituímos o mel pelo melado de cana e podemos encostar nossa cabeça no travesseiro e dormir sossegados. Mas, se formos mais a fundo na produção da cana, vamos perceber que ela impõe uma cadeia enorme de exploração e morte. Porque podemos consumir o melado de cana e o mel não, se estamos apenas trocando o objeto da exploração?
E assim acontece com muitos outros produtos. O computador que estou usando para escrever esse artigo tem componentes que são de origem animal. O carro, o ônibus, o metrô que nos leva pra lá e pra cá, também. Sem citar as roupas, papel, enfim, praticamente tudo.
Diante disso, reitero minha colocação de que é impossível ser 100% vegano.
Não é preciso ser hindu e nem iniciado na literatura védica e muito menos espiritualistas para se atestar que vivemos mesmo em um tempo em que os valores morais estão degradados. Basta uma breve olhada nos jornais diários, na programação das TVs, nas relações humanas para enxergar essa verdade.
Mas, o que tem isso a ver com o estilo de vida dos veganos? Tudo, já que o veganismo prega a ética em nossas relações com os outros seres vivos que dividem conosco esse planeta.
Todos sabem que o veganismo não é um fim em si mesmo, mas um processo, pois ser 100% vegano é impossível. Impossível porque por mais que evitemos consumir produtos de origem animal trocando-os por outros sintéticos ou vegetais, estaremos muitas vezes somente trocando de explorados.
Vou exemplificar, nos recusamos a consumir mel, pois a maneira como são exploradas as abelhas para esse fim é algo extremamente cruel. Então substituímos o mel pelo melado de cana e podemos encostar nossa cabeça no travesseiro e dormir sossegados. Mas, se formos mais a fundo na produção da cana, vamos perceber que ela impõe uma cadeia enorme de exploração e morte. Porque podemos consumir o melado de cana e o mel não, se estamos apenas trocando o objeto da exploração?
E assim acontece com muitos outros produtos. O computador que estou usando para escrever esse artigo tem componentes que são de origem animal. O carro, o ônibus, o metrô que nos leva pra lá e pra cá, também. Sem citar as roupas, papel, enfim, praticamente tudo.
Diante disso, reitero minha colocação de que é impossível ser 100% vegano.
Então, já que não dá para ser 100% então que sejamos o máximo que
conseguirmos. Só que esse máximo pode variar de pessoa para pessoa. Até o
vegano mais radical, não pensará duas vezes ao se utilizar de um
remédio alopático, que foi testado em animais, para amenizar sua dor ou
salvar sua vida, afinal seu veganismo também tem um limite.
Achar que o patamar em que chegamos é o ideal que todos devem alcançar é uma ilusão. Pois o ideal está longe de ser atingido por qualquer mortal. Mas, nossa arrogância e intolerância não nos deixa enxergar isso. É uma pena que alguns veganos se deixem levar por um complexo de salvadores do mundo – se todos agissem como eu, o mundo seria maravilhoso – como se isso fosse a única coisa a ser contabilizada.
O importante é perceber que todos nós temos nossos limites e transpô-los muitas vezes é algo muito complicado, pois passa por questões sociais, educacionais, familiares, psicológicas, filosóficas e outras tantas. Mesmo assim vale a pena tentar ir além tanto na questão do veganismo como nas questões de tolerância e compreensão do outro e de nós mesmos.
Achar que o patamar em que chegamos é o ideal que todos devem alcançar é uma ilusão. Pois o ideal está longe de ser atingido por qualquer mortal. Mas, nossa arrogância e intolerância não nos deixa enxergar isso. É uma pena que alguns veganos se deixem levar por um complexo de salvadores do mundo – se todos agissem como eu, o mundo seria maravilhoso – como se isso fosse a única coisa a ser contabilizada.
O importante é perceber que todos nós temos nossos limites e transpô-los muitas vezes é algo muito complicado, pois passa por questões sociais, educacionais, familiares, psicológicas, filosóficas e outras tantas. Mesmo assim vale a pena tentar ir além tanto na questão do veganismo como nas questões de tolerância e compreensão do outro e de nós mesmos.
Da irma Luciana Ribeiro, postado no grupo virtual Clara Luz (hospedado no Yahoo Grupos).
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